07 outubro 2013

Super Onze e a Difícil Missão de Popularizar o Mangá Para as Crianças.


Essa semana eis que chegou as bancas o Mangá do Super Onze. O lançamento do título foi com o objetivo da JBC conquistar o público infantil. Fique agora com minhas impressões:

O Mangá foi lançado no formato de gibi infantil e estava do lado de outros títulos para o mesmo público como Mônica e Disney. Não preciso dizer que a concorrência tem mais clientes fiéis e preços similares aos do referido título. Sendo que há também títulos bem mais em conta da Pixel como Luluzinha, Riquinho entre outros. O que vejo que falta a este título é mais divulgação e uma certa maior popularidade, lembrando que seu produto de divulgação ( o anime) não é mais exibido e foi exibido por uma emissora que não teve competência para administrar (Rede TV).

O gibi (assim que vou chamar a partir de agora, já que a editora o formatou como tal) contém o primeiro capítulo do mangá e com a famosa leitura oriental. O que leva algum tempo para os pequenos pegarem o jeito. Não é recomendado para crianças que estejam aprendendo a ler, esse tipo de leitura mais atrapalha que incentiva propriamente. Tá você Otaku purista iria achar um sacrilégio se fosse do modo ocidental, mas tenha em foco quem vai ler o título e ao menos que a proposta do dito (provocar interesse na leitura de quadrinhos orientais) faça efeito. 

Outro ponto: o mangá é preto e branco. Aí você vem com o comentário de que todo Mangá é assim. Certo, mas para uma criança é mais atrativo páginas coloridas. Até porque a criança não tem ainda senso crítico ela vai buscar o bonito e o colorido, imagem conta mais para uma criança do que pro adulto. 

Outro ponto: Popularidade. O que é mais popular? O que a massa conhece mais? Nem preciso responder essa. Turma da Mônica é exibido no Cartoon, Mickey tem o Disney Channel... E Super Onze em que tv passa atualmente?

Um outro ponto: divulgação. Que veículo a empresa usou para divulgar o gibi? Internet. Crianças acessam com frequência sites de quadrinhos e mangás. Que eu saiba, poucas. Ela se interessam mais em jogos tipo flash e atividades diferentes à ficar em redes sociais buscando qual mangá ou gibi, elas vão comprar na banca: elas vão escolhem o pai compra e ponto. Quando não são os pais que o fazem, isso volta ao ponto popularidade. Quando senão elas ficam sabendo pelo amiguinho da escola ou mesmo por propagandas em canais e revistas dedicadas a este público.

Eu poderia citar outros pontos como o fato de não ser uma história completa, você tem que acompanhar os números para ter ao menos um arco de história fechado, mas eu acho até desnecessário falar isso. Porque você vê uma iniciativa de uma editora até que válida, mas só que mal feita. É assim que é o mercado de mangás do Brasil. Uma pena que falta de planejamento e de conhecimento do público lima um título com até um bom potencial. De positivo fica o tema futebol, apesar de ser mais uma série de garotinhos com superpoderes que usam no esporte.

Para vocês pais que queiram se arriscar serão 34 edições (que na verdade são 10 do original japonês) com uma média de 50 a 80 páginas, o preço de capa é 4,90.

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