30 novembro 2014

Adeus Chespirito



Na última sexta feira (dia 28) uma parte da infância de muitos nos deixou: Roberto Gomes Bolaños, um cara que sabia escrever, dirigir, interpretar e principalmente criar personagens cativantes. 

Sem querer querendo, Sigam-me os bons... os bordões de seus personagens sejam os mais conhecidos ou não me fascinavam. Acompanhava Chaves e Chapolin junto a minha avó (também fã do seriado) desde a época da TVS. 

Mesmo depois de inúmeras reprises, ainda me fazem rir como nunca. Acho que nenhum comediante era capaz de criar situações e personagens que com sua simplicidade fizesse-me rir a ponto de me mijar (isso me aconteceu com a paródia de Cyrano de Bergerac cujo vídeo pode lembrar abaixo).


Eu lembro-me que não gostava muito de Chapolin, mas a medida que amadurecia começava a gostar mais dele que do Chaves em muitos pontos. Como não lembrar do Doutor Fausto, Cyrano de Bergerac entre outros contos que o pequeno Shakespeare sabia criar versões hilariantes e ao mesmo tempo mostrando um pouco de cultura sobre esses personagens da literatura universal.

Chaves, apesar de ser uma produção mais voltada as crianças, tinha lições atemporais como "As pessoas boas devem amar seus inimigos", "A vingança nunca é plena: mata a alma e envenena"... Havia uma dose de humor e uma mensagem. Como próprio disse Bolaños: "Chaves e um garoto pobre e nem por isso desanimado com a vida".

Bolaños foi embora, me fez deixar algumas lágrimas caírem coisa que nenhum artista que se foi fez antes. É como se um amigo de infância me deixasse. Obrigado por tudo mesmo, foste o melhor amigo que eu tive inclusive numa época em que eu achei que nem amigo tinha. Obrigado Chesperito.

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