13 março 2017

O Beijo Gay da Disney e o Monopólio da Problematização.


Olá amigos: hoje vou dissertar sobre um assunto muito comentado na semana passada, o beijo gay no desenho da Disney vs Silas Malafaia.

Existe um desenho chamado Star vs as Forças do Mal que é exibido no canal a cabo Disney XD, que exibem produções próprias meio que diferenciadas das animações Disney tradicionais. O que aconteceu foi o seguinte: um episódio desse desenho exibiu uma cena onde aparece um casal de homens se beijando:


Isso gerou uma repercussão por aqui vinda do pastor Silas Malafaia que pediu que seus fieis boicotassem a Disney:


Isso gerou um furdúncio entre muita gente, todos foram contra o pastor. Mas será que eles está errado em fazer isso? Bom, se observarmos atualmente estamos vivendo uma guerra cultural de ideologias e nós ficamos no meio do fogo cruzado disso tudo. Não acho que o Malafaia esteja errado em dar a opinião dele e alertar os seguidores dele, ninguém é obrigado a seguir o que ele prega. Ele é um líder religioso, tem seu público por mais que errado ou certo ele esteja em diversas situações.

Não é de hoje que líderes religiosos fazem isso, mesmo quando as animações ou coisas que as crianças gostam não eram cercadas de um escopo ideológico disfarçado assim mesmo eram discriminadas por essas pessoas, por diversos motivos.

O que hoje vemos é que essas mesmas pessoas que criticam o pastor muitas vezes agem de forma parecida, querendo censurar, usando o termo blasé, problematizar desenhos e quadrinhos:


Hoje em dia vivemos na era do mimimi, do vitimismo. Talvez pior que a era dos pastores televisivos como Malafaia, onde qualquer coisa vinda de qualquer mídia, inclusive a clássica é motivo para censura e cuidado para não ofender as ditas "minorias".


Nenhuma minoria deveria mandar no que deve ou não ter num desenho, filme, série ou qualquer obra de entretenimento. Isso é limitar a capacidade criativa do autor, Malafaia é o que menos prejudica nessa história. Pior é ver Justiceiro Sociais criarem polêmicas por aí na internet prejudicando e tumultuando a indústria do entretenimento. Pior ainda é ver grandes companhias que produzem esse material seguindo a cartilha dessa gente e acabando quebrando a cara como no caso da Marvel ano passado.



Toda essa perseguição contra ele não passa de uma censura hipócrita de gente na qual grande parte não vai com a cara dele. Quando ele fez esse vídeo fez no canal dele para o público dele, assim como muitos militantes fazem seus artigos problematizadores em diversos sites de entretenimento com o pretexto de ser algo sério e preocupante. O pensamento de esquerda é tão paranoico quanto os religiosos televisivos nesse ponto.

Quanto ao dito beijo gay pelo que eu vi no desenho não acrescenta nada nem diminui nada a cena. E somente é durante um momento da animação que poderia ser bem editado. O dito beijo foi só uma maneira de polemizar, nada mais que isso. Quando muito só vai abrir discussão sobre o tema entre as crianças e seus pais, sendo que muitas nem vão entender do que se trata realmente (e os pais não vão se sentir a vontade pra lidar com esse tema), mas se elas visse a mesma cena na rua teria o mesmo efeito. É somente criar tempestade num copo de água, criaram um acontecimento sem necessidade pra que um grupo pudesse aplaudir.


Um comentário:

Abigail Pereira Aranha disse...

Bem observado, mas temos um problema: o próprio pastor parece não perceber que o tempo é outro. Tudo leva a crer que ele não lê os comentários do que ele mesmo publica. O Felipe Neto compartilhou uma campanha meio LGBT da Coca-Cola e marcou ele no Twitter. O pastor não leu e o Felipe Neto fez um vídeo zoando.